A ciência há muito se interessa pelos chamados buracos de minhoca. São túneis no espaço-tempo, dando, até agora apenas teoricamente, a possibilidade de movimento instantâneo entre as galáxias.
Recentemente, pela primeira vez, descobriu-se que na nossa
galáxia existe um objeto semelhante a um buraco de minhoca. Ele está localizado
a uma distância de 1566 anos-luz de nós, para os padrões espaciais de fácil
acesso.
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Portais entre universos ou galáxias são teoricamente
possíveis, sua existência não contradiz as leis da física. Albert Einstein e
Nathan Rosen afirmaram isso na década de 1930.
Mais tarde, surgiram várias teorias, explicando à sua
maneira a probabilidade de tais viagens usando os chamados buracos de minhoca.
Uma dessas hipóteses compara um buraco de minhoca e um
buraco negro. As entradas para eles como uma região de poderosa gravidade são
muito semelhantes. Com base nessa analogia, os cientistas esperam que os túneis
no espaço-tempo possam ser detetados, inclusive usando o Event Horizon
Telescope (EHT), cujo principal objetivo é observar buracos negros.
O EHT é um complexo de radiotelescópios localizados em
diferentes partes do mundo. Com a ajuda dele já foram feitas várias
descobertas, no ano passado ele encontrou um buraco negro no centro da nossa
galáxia natal.
Em geral, existem supostamente milhões desses buracos negros
na Via Láctea e, mais importante, é que alguns deles são potencialmente a boca
de buracos de minhoca.
Astrofísicos nos Estados Unidos e na Alemanha descobriram
recentemente o primeiro desses objetos. Este é Gaia BH1, um objeto dez vezes o
tamanho do Sol, localizado a 1566 anos-luz da Terra.
Gaia BH1 tem uma estrela parecida com o Sol orbitando-a.
Normalmente, nesses sistemas binários, o buraco negro é “alimentado” pela
estrela, emitindo simultaneamente poderosos raios-X. Mas esse buraco negro não
atrai matéria para si e não irradia nada. Os astrônomos convencionalmente
chamam esses objetos misteriosos de buracos negros “adormecidos”. Eles nunca
antes foram encontrados em nossa galáxia.
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Este é um buraco negro “adormecido” ou um candidato
perfeitamente adequado para o “papel” de um buraco de minhoca. A descoberta foi
possível graças ao altamente funcional telescópio espacial Gaia e aos
telescópios terrestres Gemini.
Tradicionalmente, um buraco de minhoca clássico é
representado como um tubo tridimensional em um espaço bidimensional curvo. Isso
não contradiz a relatividade geral, mas a maioria dos cientistas acredita que
tais túneis só são estáveis se forem preenchidos com matéria exótica de
densidade de energia negativa, o que cria uma forte repulsão gravitacional e
impede o colapso da cavidade.
No entanto, também existem outras opiniões. Por exemplo,
Pascal Koiran, professor de ciência da computação na Ecole Normale Supérieure
de Lyon, publicou cálculos segundo os quais matéria exótica não é necessária
para passar pelo buraco de minhoca no nível das partículas elementares.
Viajar por um buraco de minhoca pode parecer uma experiência
surreal e desorientadora. Pode parecer que você está viajando por um túnel de
luz brilhante e o tempo está passando rapidamente.
Você pode sentir como se estivesse sendo transportado de um
lugar para outro sem realmente se mover. À medida que você se move pelo buraco
de minhoca, pode experimentar mudanças na gravidade ou mudanças no continuum
espaço-tempo.
O interior do túnel pode parecer feito de partículas
estranhas e exóticas, com cores e formas que parecem fora deste mundo. Em
alguns casos, o túnel pode até estar cheio de uma forma misteriosa de energia
que parece estar viva.
Os buracos de minhoca foram e continuam sendo hoje a única
hipótese de voos interestelares. Assim, os cientistas continuarão suas
pesquisas, não importa o quão fantásticas possam parecer.
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