Nas profundezas, o planeta está literalmente trovejando com atividade, desde placas tectônicas até correntes de convecção que circulam através de fluidos de magma quentes.
Agora, os cientistas que estudam dados de satélite da Terra,
identificaram algo no centro do planeta, que nunca vimos antes, um novo tipo de
onda magnética que varre a superfície do núcleo do nosso planeta a cada sete
anos.
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Cientistas descobriram um padrão na frequência de catástrofes na Terra
Essa descoberta pode dar uma ideia de como o campo magnético
da Terra é gerado, e nos permitirá entender a evolução do nosso planeta, ou
seja, o arrefecimento gradual do interior planetário. A pesquisa da equipe foi
publicada no PNAS.
“Os geofísicos há muito teorizam sobre a existência de tais ondas, mas acreditava-se que elas ocorrem em escalas de tempo muito mais longas do que nossos estudos mostraram”, diz Nicolas Gillet, geofísico da Universidade de Grenoble-Alpes (França).
“Medidas do campo
magnético de instrumentos baseados na superfície da Terra indicavam que havia
algum tipo de ação das ondas, mas precisávamos da cobertura global oferecida
pelas medições do espaço para mostrar o que realmente estava acontecendo.”
O campo magnético da Terra tem sido um assunto de interesse
para os cientistas. Pesquisas até o momento mostram que uma estrutura invisível
forma uma “bolha” protetora ao redor
do nosso planeta, prendendo a radiação e a atmosfera nocivas. Mas o campo magnético
não é estático. Ele flutua em força, tamanho e forma, tem características que
não entendemos e enfraquece gradualmente com o tempo.
Como a inversão do campo magnético da Terra afetará a vida na Terra
Os satélites orbitais Swarm da Agência Espacial Europeia são
três sondas idênticas lançadas em 2013 que orbitam a Terra para estudar a
atividade dentro da Terra. Foi nesses dados que Gillet e sua equipe encontraram
novas ondas estranhas.
Eles então analisaram dados de outros observatórios
terrestres e espaciais coletados entre 1999 e 2021 e encontraram um padrão.
Essas ondas, conhecidas como ondas magneto-Coriolis, são enormes colunas
magnéticas alinhadas ao longo do eixo de rotação da Terra, mais fortes no
equador.
Esta descoberta fascinante abre uma nova janela para um mundo que nunca poderemos ver. Essa onda misteriosa oscila a cada sete anos e propaga-se para o oeste a até 1.500 quilômetros por ano.
A sua existência sugere que pode haver outras ondas magneto-Coriolis com diferentes períodos de oscilação que não podemos detetar hoje devido à falta de dados.
Por enquanto, como as ondas carregam informações sobre o
meio pelo qual viajam, a nova descoberta pode ser usada para explorar o
interior da Terra de novas maneiras – incluindo o núcleo, que ainda é difícil
de estudar.
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