Enquanto lê este artigo, algo acontecerá bem no espaço. Algo que até recentemente muitos cientistas não acreditavam. Um portal magnético abre-se, conectando a Terra com o Sol a uma distância de 150 milhões de quilómetros, relata a NASA Science.
Toneladas de partículas de alta energia passarão por essa
abertura antes que ela se feche novamente quando acabar de ler o artigo.
É chamado de “evento de transferência de fluxo” ou “FTE”,
diz o físico espacial David Seebeck, do Goddard Space Flight Center um
importante laboratório de pesquisa da NASA.
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Photo//Anomalien |
Ponto fraco no campo magnético da Terra deverá dividir-se em dois
“Em 1998, eu tinha certeza de que eles não existiam mas agora a
evidência é irrefutável.”
De fato David Seebeck provou sua existência e apresentou
essa evidência num encontro internacional de físicos espaciais num seminário em
2008 em Huntsville, Alabama.
No futuro a NASA confirmou totalmente que esses portais
ligando o Sol e a Terra aparecem a cada 8 minutos.
Os cientistas há muito adivinham que a Terra e o Sol devem
estar relacionados. A magnetosfera da Terra (a bolha magnética que envolve
nosso planeta) é preenchida com partículas de alta energia do Sol que entram
através do vento solar e penetram na blindagem magnética do planeta.
“Pensava-mos que essa
conexão era permanente e que o vento solar poderia se infiltrar no espaço
próximo à Terra a qualquer momento em que estivesse ativo”, diz Seebeck.
"Estávamos
errados. As conexões não são aleatórias e não dependem de chamas ou da
velocidade de fluxo das partículas solares. Esses portais abrem a cada 8
minutos.”
Os cientistas explicaram como esses portais são formados:
No lado diurno da Terra (o lado mais próximo do Sol) o campo
magnético da Terra é pressionado contra o campo magnético do Sol.
Aproximadamente a
cada oito minutos esses dois campos brevemente se fundem ou “se reúnem”
formando um portal pelo qual as partículas podem passar. O portal tem a forma
de um cilindro magnético da largura da Terra.
Quatro naves espaciais ESA Cluster e cinco sondas NASA
THEMIS passaram através desses cilindros e os cercaram medindo seus tamanhos e
registando as partículas que passavam por eles.
“Eles existem”,
diz Seebeck.
Agora que o Cluster e o THEMIS exploraram diretamente os
portais, os cientistas podem usar essas medidas para modelar portais nos seus
computadores e prever seu comportamento.
O físico espacial Jimmy Rader, da University of New
Hampshire apresentou um desses modelos num seminário. Ele disse aos seus
colegas que os portais cilíndricos geralmente se formam acima do equador da
Terra e em seguida passam sobre o polo de inverno da Terra:
Dezembro, portais que
conectam o Sol e a Terra passam pelo Polo Norte
Em julho, os portais que conectam o Sol e a Terra passam
pelo Polo Sul.
Seebeck diz: “Acho que
existem dois tipos desses portais: ativo e passivo”.
Os portais ativos são cilindros magnéticos pelos quais as
partículas passam com bastante facilidade; eles são importantes condutores de
energia para a magnetosfera da Terra.
Os portais passivos são cilindros magnéticos que oferecem
mais resistência. A sua estrutura interna não permite esse fluxo de luz de
partículas e campos (FTEs ativos são formados nas latitudes equatoriais quando o
FMI é direcionado para o sul. FTEs passivos são formados em latitudes mais
altas quando o FMI é direcionado para o norte).
Seebeck calculou as propriedades de FTEs passivos e
incentiva seus colegas a procurarem seus sinais nos dados do THEMIS e do
Cluster.
“FTEs passivos podem
não ser muito importantes mas até que saibamos mais sobre eles não podemos ter
certeza.”
Mas existem muitas perguntas sem resposta:
Por que os portais se formam a cada 8 minutos?
Como os campos magnéticos dentro de um cilindro se torcem e
se enrolam?
“Estamos estudando
isso”, diz Seebeck.
Enquanto isso, um novo portal está se abrindo conectando
nosso planeta ao sol. Será que faz receção e transmissão de dados?
O Sol acaba de lançar a erupção mais poderosa desde 2017
Referencia//Anomalien
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