As criaturas aquáticas guardam vários segredos, então os investigadores pensaram que seria uma boa ideia desvendar alguns deles. De entre a abundância de vida selvagem marinha os biólogos escolheram o polvo para fazer o teste. e então quebraram seu DNA para ver o que ele continha.
Depois de sequenciar completamente seu genoma os cientistas chegaram a uma conclusão inesperada que os polvos são totalmente distintos de quaisquer outros animais na Terra. Os resultados mostraram números surpreendentes, mais de 33.000 genes codificadores de proteínas foram identificados. Isso é mais do que os seres humanos possuem, sendo que, os cientistas não chegaram a acordo, se 14 ou 25.000 genes.
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O Dr. Clifton Ragsdale, investigador da Universidade de Chicago, ofereceu detalhes extras sobre a importância dessa descoberta. Segundo ele “o polvo parece ser totalmente diferente de todos os outros animais, até mesmo de outros moluscos, com seus oito braços preênseis, seu grande cérebro e suas habilidades inteligentes para resolver problemas”.
Com 168 genes reguladores do desenvolvimento de neurônios, quase o dobro do número encontrado em qualquer mamífero, e uma grade neural consistindo de 1/2 bilião de neurônios espalhados desde a cabeça aos braços preênseis, o polvo pode facilmente superar a maioria das criaturas marinhas.
O seu curioso sistema nervoso ramifica-se aos seus braços alongados, e se um for desmembrado, o polvo ainda é capaz de usar suas habilidades cognitivas como se tivesse um sistema nervoso individual em cada um de seus braços.
O DNA do polvo deixou os cientistas com a sensação de que estava altamente reorganizado. Essa conclusão foi baseada no fato de que, o código genético do polvo ser composto de uma série de transposons, ou “genes saltadores” que saltaram através do genoma mudando sua estrutura.
“Com algumas exceções notáveis, o polvo tem basicamente um genoma invertebrado típico, que acaba de ser completamente reorganizado como se tivesse sido colocado num liquidificador e misturado”, disse Caroline Albertin, uma das biólogas marinhas da Universidade de Chicago.
“Isso leva os genes a serem colocados em novos ambientes genómicos com diferentes elementos reguladores e foi uma descoberta totalmente inesperada.”
Outra característica interessante desta maravilha aquática é a capacidade de se camuflar perfeitamente com o que o rodeia. Esse comportamento camaleónico é desencadeado por seis genes de proteínas denominados “refletinas”, que impactam a forma como a luz reflete na pele do polvo transformando-a em padrões e texturas variadas que camuflam o polvo.
A sua adaptabilidade consiste em corpos extremamente flexíveis e fluidos, um sistema visual insano que lhes permite perceber as cores embora sejam daltônicos e claro a sua técnica nativa de camuflagem.
Os polvos receberam o rótulo de “alienígena” desde que o zoólogo britânico Martin Wells os estudou, mas Charles Mudede alerta para não interpretar o “alien como uma questão de DNA”, mas sim como uma questão de diversidade.
“Mas não importa o quão louco o DNA de um animal possa parecer, ele provavelmente é deste planeta se suas células contiverem os organelos geradores de energia chamadas mitocôndrias”, escreveu Mudede.
Com todas essas evidências “fora deste mundo” em mãos, é difícil não ver as características sobrenaturais dos polvos especialmente sua capacidade de redesenhar seu DNA para uma experiência de vida perfeita e extrema capacidade de sobrevivência.
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Isso poderia ser apenas um processo evolutivo complexo e mal compreendido? Ou esses invertebrados com tentáculos foram trazidos para a Terra de outro lugar no universo por alguma civilização desconhecida sobre a qual podemos apenas especular?
Seja qual for o caso é certamente interessante imaginar esses seres incomuns como os antigos companheiros de uma espécie alienígena aquática de um passado remoto. Não podemos presumir com segurança que foi esse o caso, mas ao mesmo tempo é difícil negar as implicações 'alienígenas' nesta história.
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Referencia//Anomalien
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