A Universidade de Manchester, tendo como finalidade maximizar o potencial de encontrar vida alienígena inteligente, sugere usar uma estratégia ligada ao jogo cooperativo conhecido como “Teoria do Jogos”.
Se realmente existem civilizações alienígenas avançadas na nossa galáxia e estão a tentar comunicar connosco, o grande desafio é descobrir a melhor forma de as encontrar para os astrónomos do Instituto SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence).
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Photo///Gettyimages |
Podem existir mais de 30 civilizações alienígenas na nossa galáxia
A “Teoria dos Jogos” é a nova estratégia que Eamonn Kerins,
astrofísico do Jodrell Bank, propôs, e que pode aumentar as hipóteses de
encontrar vida alienígena inteligente.
Os programas do SETI normalmente usam uma de duas
abordagens. A primeira é uma profunda análise de grandes áreas do céu, na
esperança de descobrir um sinal. Essa abordagem pode gerar rapidamente uma
enorme quantidade de dados que podem, ser muito difíceis de analisar
convenientemente. A segunda trata-se de centralizar as buscas, principalmente,
e mais intensamente, em sistemas estelares determinados onde a vida possa
existir.
“Na “”Teoria dos Jogos””,
existe uma classe conhecida como ‘jogos de coordenação’ que envolve dois
jogadores que, para vencer, precisam de cooperar, mas sem haver comunicação
entre eles. Quando estamos envolvidos no SETI, nós e qualquer civilização que
esteja a tentar encontrar-nos, fazemos precisamente esse tipo de jogo. Assim,
se pretendermos establecer contacto, podemos utilizar a “Teoria dos Jogos” para
desenvolver uma estratégia”, explicou Kerins.
Essa ideia, Kerins chama de “Detetabilidade Mútua” afirmando
devemos procurar sinais nos planetas a partir dos quais poderíamos de
determinar se a própria Terra pode ser habitada.
“Se houver evidências
de um planeta potencialmente habitado e as civilizações de lá tiverem
evidências semelhantes sobre o nosso planeta, ambos devem ser fortemente
incentivados a envolverem-se no SETI, porque ambos estarão cientes de que as
evidências são mútuas”, afirmou ele.
Como tal, devemos examinar planetas, cujas órbitas que
passam diretamente à frente da sua estrela hospedeira, retirando-lhe
luminosidade durante um breve período. Este efeito de escurecimento foi usado
anteriormente para descobrir planetas. Este é o método, que os astrónomos determinam
se são planetas rochosos como a Terra e se têm atmosferas com vapor de água.
Físico propõe uma explicação para o facto nunca vermos alienígenas
“Se estes planetas
estiverem localizados em linha com o plano da órbita da Terra, as civilizações
la existentes poderão ver a Terra transitar pelo Sol e aceder ao mesmo tipo de
informação sobre nós. “, concluiu Kerins.
Existem potenciais perigos no envio de sinais para
civilizações que poderiam ter uma superioridade tecnológica sobre nós, o que já
foi alertado por alguns cientistas, como Stephen Hawking. No entanto, se todas
as civilizações não enviarem sinal por causa desses riscos, não haverão sinais
para detetar, o chamado Paradoxo SETI.
“Acontece que as
civilizações de um planeta localizado na Zona de Trânsito da Terra podem saber
se o sinal do seu planeta em trânsito é mais clara para nós ou se o nosso é
mais claro para eles. Faz sentido que a civilização que tem a melhor visão do
outro planeta, terá mais tendência a enviar um sinal. A outra parte saberá
disso e, portanto, deve observar e ouvir o sinal”, disse Kerins.
Ele também evidenciou que a grande maioria dos planetas
habitáveis na Zona de Trânsito da Terra devem estar em órbitas de estrelas de
baixa massa, mais fracas do que o Sol, e como tal, essas civilizações teriam
uma visão mais clara de nós.
A Detetabilidade Mútua sugere que os programas SETI devem
concentrar-se na procura de sinais de planetas potencialmente habitáveis,
orbitando estrelas obscuras.
Em breve haverá o primeiro catálogo dos planetas que podem
ser habitados por civilizações que já sabem algo sobre nós, podendo saber
apenas o suficiente para serem tentados a enviar um sinal. Estes são os planetas
nos quais realmente nos precisamos de concentrar. Eles conhecem a “”Teoria dos
Jogos”” e esperam que estejamos a ouvir.
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Este estudo foi publicado na revista científica TheAstronomical Journal.
Referencias//Universidade de Manchester//TheAstronomical Journal.
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