Embora sejam necessárias mais pesquisas antes que esse teste possa ser implementado, os resultados são promissores e, em última análise, pode ser aplicável no combate a outros vírus além do SARS-CoV-2.
Cientistas desenvolveram um novo teste de diagnóstico para a
COVID-19 baseado na tesoura genética CRISPR/Cas9. Com a ajuda de uma câmara do
smartphone, o teste pode fornecer um resultado positivo ou negativo entre 15 e
30 minutos. Ao contrário de muitos outros testes disponíveis, este teste também
fornece uma estimativa da carga viral, o que pode ajudar os médicos a monitorizar
a progressão da infeção e estimar o nível de contagio de um paciente. Os
resultados foram publicados na revista científica Cell.
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Photo//Pixabay//matryx |
Novo medicamento bloqueia a transmissão da SARS-CoV-2
"Um dos motivos
pelos quais estamos entusiasmados com os diagnósticos baseados em CRISPR é o
potencial para resultados rápidos e precisos. Isso é especialmente útil em
locais com acesso limitado a testes ou quando testes rápidos e frequentes são
necessários", afirmou a coautora do estudo, Jennifer Doudna em
comunicado.
Os investigadores destacam também a importância do teste,
não apenas ao gerar um resultado positivo ou negativo, mas também medir a carga
viral de uma determinada amostra.
"Quando associada
a testes repetidos, a medição da carga viral pode ajudar a determinar se uma infeção
está aumentando ou diminuindo. Monitorizar o curso da infeção de um paciente
pode ajudar os profissionais de saúde a estimar o estágio da infeção e prever,
em tempo real, quanto tempo é provavelmente necessário para a recuperação e por
quanto tempo o indivíduo deve ficar em quarentena", comenta Daniel
Fletcher, também coautor da pesquisa.
Como funciona
O novo teste de diagnóstico usa a técnica CRISPR para
programar a enzima Cas13. Quando a Cas13 se liga ao RNA do SARS-CoV-2, a enzima
cliva toda a sequência genética ao seu redor. Uma sonda ligada à enzima analisa
e torna fluorescente o RNA do vírus.
Com a ajuda de um dispositivo portátil, a fluorescência
resultante pode ser medida pela câmara do smartphone. A taxa na qual a
fluorescência se torna mais brilhante está relacionada ao número de partículas
de vírus na amostra.
"Modelos recentes
de SARS-CoV-2 sugerem que testes frequentes com um tempo de resposta rápido são
o que precisamos para superar a pandemia atual. Esperamos que, com mais testes,
possamos começar a reabrir economias e proteger as populações mais vulneráveis",
diz Melanie Ott, coautora do estudo.
Os cientistas salientam que são necessárias mais pesquisas antes
que esse teste possa ser implementado, mas acreditam que estão no caminho certo
para a produção de testes rápidos e eficazes não só para COVID-19.
"O objetivo final
é ter um dispositivo pessoal, como um smartphone, que seja capaz de detetar uma
variedade de infeções virais diferentes e determinar rapidamente se alguem tem
um resfriado comum, SARS-CoV-2 ou gripe. Essa possibilidade existe agora, e
mais colaboração entre engenheiros, biólogos e médicos é necessária para tornar
isso uma realidade", conclui Fletcher.
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Referencia//SputnikNews
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