O programa russo de pesquisa de Vénus anunciou três missões entre 2029 e 2034, porém, uma missão urgente pode ser enviada ainda em 2027.
Apesar de cientistas britânicos e norte-americanos terem
anunciado a descoberta na atmosfera de Vénus de fosfina, que pode possuir
origem biológica, Aleksandr Bloshenko, diretor executivo de programas e ciência
promissores da corporação estatal aeroespacial russa Roscosmos, afirma que este
indício não pode ser apresentado como prova objetiva da presença de vida no
planeta.
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Photo//Pixabay//wikiimages |
A Via Láctea pode conter até 6 biliões de planetas semelhantes à Terra
Segundo Bloshenko, dados confiáveis somente podem ser obtidos através de análises recolhidas diretamente no planeta. "Agora está sendo avaliada a possibilidade de enviar uma 'rápida' expedição, dedicada à atmosfera de Vênus, para pesquisas sobre a fonte de fosfina", divulgou o representante do Instituto de Pesquisas Espaciais da Academia de Ciências Russa.
Informa-se que por enquanto o programa russo de pesquisas de
Vénus inclui três missões. A primeira é Vénus-D, que será lançada em novembro
de 2029 para o estudo da superfície, atmosfera, estrutura interior e plasma de
Vénus.
A segunda missão, programada para junho de 2031, deve continuar as pesquisas na atmosfera do planeta, enquanto a terceira vai trazer à Terra amostras da atmosfera, aerossóis e, possivelmente, do solo do planeta. Em setembro de 2020 a Roscosmos decidiu realizar a missão Vénus-D sem parceria com os Estados Unidos.
O planeta tem atraído forte atenção da comunidade
científica, servindo de base para diversas análises sobre a origem dos planetas
que circulam o Sol, assim como a influência que os mesmos exercem entre eles.
Júpiter, por exemplo, aparenta ter tido um papel determinante na formação de
Vénus atual.
Influência de Júpiter em Vénus
Vénus poderia não ser um inferno sufocante como é hoje se
Júpiter não tivesse alterado sua órbita, segundo cálculos realizados por um
grupo internacional de astrónomos.
Júpiter, que tem uma massa aproximadamente duas vezes e meia
maior do que todos os outros planetas do Sistema Solar juntos, pode influenciar
os outros com sua força gravitacional.
"À medida que
Júpiter migrava, Vénus teria tido mudanças dramáticas no clima, aquecendo,
depois arrefecendo e perdendo cada vez mais água de sua atmosfera",
disse Stephen Kane, astro biólogo da Universidade da Califórnia em Riverside
(EUA).
Quando Júpiter se encontrava mais próximo ao Sol há cerca de
um bilião de anos, segundo um modelo científico, Vénus possuía uma maior
probabilidade ser habitável.
Astrónomos fotografam pela primeira vez um sistema solar semelhante ao nosso
Referencia//SputnikNews
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