segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Protheus, o maior centro de pesquisa subaquática do mundo

 Inspirado pelo legado de seu avô Jacques-Yves Cousteau, o aquanauta e conservacionista dos oceanos Fabien Cousteau lançou um projeto que tem como objetivo construir o maior centro de pesquisa subaquática do mundo.

O oceanógrafo, divulgador da vida marinha e inventor mundialmente conhecido por suas viagens de pesquisa, a bordo do navio Calypso, Jacques-Yves Cousteau dedicou sua vida para explorar os oceanos.


Proteus
Photo//Fabien Ocean Learning Center 


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Agora, o seu neto está empenhado numa iniciativa ambiciosa de criar algo à altura de uma Estação Espacial Internacional (ISS) marinha. O centro de pesquisa é baseado no legado das pesquisas subaquáticas em que seu avô foi pioneiro na década de 1960.

Batizado de Proteus, trata-se de uma base de pesquisa colossal de 371 m² destinado a investigadores oceanográficos. O centro será equipado com laboratórios de última geração, que permitem aos mesmos processarem suas amostras em tempo real. Deverá estar localizado na costa de Curaçau, a 18 metros de profundidade.

 

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Protheus não só fornecerá um acesso sem precedentes ao oceano para os aquanautas e cientistas, mas também ao mundo. Haverá um laboratório de produção de última geração, que permitirá a transmissão ao vivo de palestras, ligação ás redes sociais e a realização de entrevistas com a imprensa. Ter este tipo de acesso ao oceano é necessário para que quaisquer mudanças sejam feitas, já que, como meu avô disse: ‘As pessoas protegem o que ama, amam o que entendem e entendem o que lhes é ensinado’. Sem o conhecimento do oceano, sendo explorado e compartilhado, como podemos começar a criar qualquer mudança significativa?”, disse Fabien.

O conceito da base foi criado pelo  eco-designer Yves Béhar, que imagina algo muito diferente das bases subaquáticas de antigamente. O centro faz a única estação subaquática  existente, a Aquarius Reef Base, parecer minúscula. A inspiração partiu justamente de uma missão que Fabien participou nesta estação durante um mês, em 2014.



A partir dessa experiência, Fabien analisou melhorias que poderiam ser usadas no seu projeto. Além de investir em laboratórios e equipamentos de última geração, ele também pensou numa configuração que maximizasse a qualidade de vida de cientistas que passariam meses a bordo durante as pesquisas.

A base do centro está estruturada em dois níveis que são interligados por uma rampa curva. O espaço social central é cercado por casulos onde ficam os alojamentos, laboratórios, instalações médicas e banheiros.

As janelas e claraboias ajudam a trazer o máximo de luz natural possível, enquanto as lâmpadas de espectro total garantem que os cientistas recebam a quantidade mínima de exposição aos raios ultravioletas necessária, diariamente.


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A organização sem fins lucrativos Fabien Ocean Learning Center está arrecadando fundos para os 135 milhões de dólares que serão necessários para construir e administrar a base nos primeiros três anos.

Fabien deseja mostrar ao mundo que a exploração subaquática é tão inspiradora como a exploração espacial.

Embora eu seja um grande defensor da exploração espacial, e um dia gostaria de explorar as águas de Marte, porquê ir a centenas de milhares de quilômetros de distância, quando se pode mergulhar na água do nosso próprio planeta?”


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Referencia//Geekness




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