A possibilidade teórica de viagens no tempo é demasiado fascinante para que os cientistas ignorarem, e para nós também.
Uma nova pesquisa mostrou que é possível viajarmos para o passado, mas é impossível criar um paradoxo temporal.
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Photo//SoCientífica |
Novo motor espacial poderá permitir viajar perto da velocidade da luz
O que é um paradoxo
temporal
Como muitos filmes mostram, viajar no tempo gera inúmeros
problemas relacionados a leis fundamentais do Universo. Se alguém voltar no
tempo e matar o seu avô, por exemplo, como é que esse alguém poderia existir
para voltar no tempo em primeiro lugar? Isso é um paradoxo temporal e é extremamente
confuso! E não é por acaso que o problema é conhecido como “paradoxo do avô”.
Mas um estudante de
física chamado Germain Tobar, da Universidade de Queensland, na Austrália,
afirma ter descoberto uma maneira de “acertar os números” para que as viagens
no tempo não tenham paradoxos temporais.
O espaço-tempo evita
paradoxos
“A dinâmica clássica
diz que se se conhece o estado de um sistema num determinado momento, isso pode
nos contar toda a história do sistema”, afirma Tobar.
“No entanto, a teoria
da relatividade geral de Einstein prevê a existência de loops de tempo ou
viagens no tempo, onde um evento pode estar tanto no passado como no futuro de
si mesmo, teoricamente virando o estudo da dinâmica de ponta-cabeça.”
A conclusão dos cálculos é que o espaço-tempo tem o
potencial de se adaptar, evitando os paradoxos.
Os “planos B” da
linha do tempo
Imagine-se um viajante do tempo indo para o passado com o
objetivo de impedir que o coronavírus se alastre. Se ele obtiver sucesso não
voltará mais ao tempo atual para evitar a doença.
O estudo de Tobar sugere que o vírus propagar-se-ia de outra
forma, por uma via diferente ou por um método diferente, eliminando o paradoxo.
Não importa as ações do viajante do tempo, ele não poderia evitar a doença.
A sua pesquisa não é simples para um cidadão comum entender,
mas analisa a influência de processos determinísticos (que não tem qualquer
aleatoriedade) num número arbitrário de regiões no contínuo do espaço-tempo e
demonstra como ambas as curvas fechadas da linha do tempo (como Einstein
previu) podem se enquadrar nas regras do livre arbítrio e da física clássica.
“A matemática bate e
os resultados são matéria de ficção científica”, afirmou o físico Fabio
Costa, da Universidade de Queensland, que supervisionou a pesquisa.
Uma hipótese mais
simples
Outra hipótese levantada pelo estudo é que a viagem no tempo
é possível, mas suas ações teriam restrições, para que não pudessem criar um
paradoxo temporal. Esse ponto de vista significaria que eles poderiam fazer o
que quisessem enquanto não criassem um paradoxo.
Embora a pesquisa funcione no papel fazer uma dobra no
espaço-tempo não é tão simples assim. As máquinas do tempo atuais são conceitos
tão complexos que ainda não saíram dos cálculos.
É possível que cheguemos lá um dia. O próprio Stephen
Hawking pensava ser possível. E, caso viajemos para o passado, um dia,
poderemos fazer o que quisermos e o futuro continuaria imutável, até mesmo
participarmos da festa que o físico fez exclusiva para viajantes no tempo.
“Por mais que tente
criar um paradoxo, os acontecimentos sempre se ajustam, para evitar qualquer
inconsistência”, afirma Fábio Costa. “A
gama de processos matemáticos que descobrimos mostra que viajar no tempo com
livre arbítrio é logicamente possível no nosso universo sem qualquer paradoxo.”
O estudo foi publicado na revista científica Classical andQuantum Gravity.
O filme "A máquina do tempo" mostra essa teoria, será que esse estudante não tirou desse filme?
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