Cientistas de universidades dos EUA e Japão estão
colaborando num projeto que pretende criar um dispositivo económico e com
produção em massa para matar o novo coronavírus.
Num futuro próximo, poderá ser possível não simplesmente
desinfetar, mas matar coronavírus e outros patogénicos presentes nas
superfícies com a ajuda de luzes ultravioletas (UV) de alta intensidade,
segundo uma pesquisa conjunta conduzida pela Universidade da Pensilvânia e
Universidade de Minnesota, dos EUA, bem como pela Universidade Tohoku e
Universidade de Tóquio, do Japão, e publicada na segunda-feira na revista
Nature.
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Photo//Milenar |
Nova análise genética confirma que a Covid-19 já estava se espalhando no mundo em 2019
Cientistas norte-americanos e japoneses dizem ter
desenvolvido "diodos semicondutores emissores de luz UV de alto
desempenho, que permitiriam criar dispositivos pessoais, portáteis, duráveis,
energeticamente eficientes e não nocivos para o ambiente destinados a eliminar
o novo coronavírus.
Que comprimentos de onda da luz ultravioleta são melhores
para matar coronavírus e desinfetar superfícies? Uma equipe interdisciplinar de
investigadores do estado da Pensilvânia foi premiada com um pré-financiamento
de projetos empresariais para descobrir isso.
Segundo o comunicado da Universidade da Pensilvânia, os investigadores
chegaram à conclusão que o niobato de estrôncio seria "o material que pode
resolver o problema". Os cientistas pediram aos seus colegas japoneses que
obtivessem filmes de niobato de estrôncio e obtiveram bons resultados com ele.
O projeto reuniu US$ 90 mil para determinar as condições de
intensidade de luz ultravioleta e tempo de exposição ao vírus, cujos testes
serão realizados no laboratório de Biossegurança Nível 2 do Parque Estadual da
Pensilvânia.
Qual a aplicação prática?
Além disso, a equipa irá aplicar os resultados em modelos
computacionais para ajustar seu uso em diferentes lugares, evitando que os patogénicos
se espalhem pelo ar e dentro dos edifícios.
"Embora nossa
primeira motivação no desenvolvimento de condutores transparentes de UV fosse
desenvolver uma solução económica para a desinfeção da água, agora percebemos
que essa descoberta inovadora oferece uma solução potencial para desativar a
COVID-19 em aerossóis que podem ser distribuídos nos sistemas de climatização dos
edifícios", explica um dos investigadores, Joseph Roth, doutorado em
ciência e engenharia de materiais na Universidade da Pensilvânia.
Os dispositivos que emitem luz ultravioleta já conseguem
fazer esse trabalho, mas são muito caros, requerem um nível de emissão elevado
(de 200 a 300 nanómetros) para matar os vírus, utilizam lâmpadas de descarga
que contêm mercúrio, são volumosos, duram pouco e requerem uma grande
quantidade de energia para funcionar, impedindo seu uso contra o SARS-CoV-2,
explica a equipa.
Assim, se tiver sucesso, este método promete um meio
económico e maciço de eliminação de vírus e patogénicos em superfícies, algo
particularmente importante durante a atual pandemia.
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Referencia//SputinikNews
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