A primeira vacina contra o coronavírus (SARS-Cov-2) a ser
testada em humanos parece estimular a resposta imunológica contra o vírus e
parece segura, de acordo com seu fabricante.
Os resultados baseiam-se em
ensaios clínicos nos oito primeiros voluntários que injetaram duas doses da
vacina em março.
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Photo//Meyer & Meyer/istock |
Os cientistas têm uma nova e promissora ideia para derrotar o SARS-CoV-2
Estes voluntários saudáveis geraram anticorpos que passaram
por testes em células humanas em laboratório e conseguiram impedir a replicação
do vírus, que é a principal função de uma vacina eficaz. Os níveis destes
anticorpos neutralizantes corresponderam aos níveis descobertos em pacientes
que recuperaram da infeção após contrair o vírus. Portanto a vacina parece ter
estimulado a resposta imunológica esperada.
A empresa informou que segue um com um cronograma acelerado,
com a segunda fase dos testes envolvendo 600 pessoas, seguida logo depois por
uma terceira fase de testes em julho que envolverá milhares de pessoas
saudáveis. A Food and Drug Administration dos EUA (FDA) concedeu autorização á
Moderna para prosseguir com a segunda fase no início deste mês.
Se esses testes obtiverem sucesso, a vacina ficará
disponível para uso geral até o fim do corrente ano ou, talvez, no início de
2021, de acordo com o Dr. Tal Zaks, diretor de medicina da Moderna, em
entrevista para o NY Times. A quantidade de doses que poderiam estar
disponíveis não foi informada, mas Zaks disse que “Estamos fazendo o possível para fabricar a maior quantidade possível”.
Até o momento não há vacina ou sequer tratamento comprovado
contra o coronavírus. Inúmeras empresas pelo mundo correm para criar vacinas,
utilizando métodos diferentes. Algumas delas usam tecnologia como a que a Moderna
utiliza, que se baseia num segmento de material genético do vírus conhecido
como RNA mensageiro, ou mRNA.
A Moderna disse que noutros testes em camundongos, que foram
vacinados e contaminados com o vírus, descobriram que a vacina parecia ter a
capacidade impedir que o vírus se replicasse nos pulmões e que as cobaias
tinham quantidades de anticorpos neutralizantes similares aos das pessoas que
foram vacinadas.
A Covid-19 não é apenas uma doença respiratória
Foram testadas três doses da vacina, uma baixa, uma média e
outra alta. Os resultados preliminares baseiam-se nos testes das doses baixas e
médias. E o único efeito observado foi vermelhidão e dor no braço de um dos
pacientes em que a injeção foi feita.
Na dose mais alta, no entanto, três pacientes desenvolveram
febre, dores musculares e de cabeça, disse o médico. Mas os sintomas desapareceram
no dia seguinte.
A dose alta, no entanto, será eliminada dos estudos futuros,
não por causa de seus efeitos colaterais, mas porque as doses baixas pareceram
funcionar tão bem que a dose alta não seria necessária.
“Quanto menor a dose,
mais vacina poderemos fabricar”, disse Zaks. As ações da Moderna dispararam
40% .
Referencia//Hypescience
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