A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou na
quarta-feira que registou um novo número diário de casos COVID-19, à medida que
se aproximava rapidamente do "marco trágico" de 5 milhões de infeções.
O chefe da agência da ONU, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse
que na terça-feira houve "106.000 novos
casos relatados à OMS, o maior número de casos num único dia desde o início do
surto".
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Vacina contra coronavírus com resultados promissores
A OMS também estava se familiarizando com o ultimato da
reforma do presidente dos EUA, Donald Trump , que deu à organização 30 dias
para revisar suas operações, caso contrário, seu maior colaborador congelaria
seu financiamento e consideraria retirar-se completamente.
A OMS, com sede em Genebra, disse que, na terça-feira, que 106.662
casos confirmados foram relatados à agência em todo o mundo.
Os novos números vêm depois de todos os países, em todo o
mundo estarem aumentando drasticamente seus programas de testes.
"Ainda temos um
longo caminho a percorrer nessa pandemia", disse Tedros em conferência
de imprensa virtual, enquanto sua agência alertou para o aumento dos números de
infeções nos países mais pobres.
Mais de 4,9 milhões de casos do novo coronavírus foram registrados
no total desde que o surto surgiu na China, em dezembro passado, de acordo com
uma contagem de fontes oficiais compiladas pela AFP.
O diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, disse que a
marca de 5 milhões de casos seria um "marco trágico".
Tedros acrescentou: "Estamos muito preocupados com o crescente número de casos em países com
menos recursos".
Mais de 325.000 pessoas perderam a vida, de acordo com o
registro da AFP.
Os cientistas têm uma nova e promissora ideia para derrotar o SARS-CoV-2
OMS estuda carta de Trump
A reunião anual da OMS dos Estados membros concordou na
terça-feira com uma investigação independente sobre a resposta do coronavírus
da agência das Nações Unidas no meio de críticas crescentes dos EUA ao lidar
com a pandemia.
Trump divulgou na terça-feira uma carta que enviou a Tedros,
dizendo que se a OMS não se comprometer com "grandes melhorias substanciais" dentro de 30 dias, ele
congelaria permanentemente o financiamento da organização e reconsideraria a
participação nos EUA.
Os Estados Unidos são os maiores contribuidores do orçamento
da OMS e já suspenderam o financiamento, acusando a organização de administrar mal
e encobrir a disseminação do vírus.
Pressionado no ultimato, Tedros disse apenas: "Recebemos a carta e estamos analisando".
A OMS concordou que uma "avaliação imparcial, independente e abrangente" das "ações da OMS e seus cronogramas referentes à
pandemia do COVID-19" deve ser realizada no "momento mais cedo
possível".
Questionado na quarta-feira quando isso poderia acontecer,
Tedros respondeu que seria "Quando
todas as condições necessárias forem realmente cumpridas".
Conselho sobre hidroxicloroquina
Na segunda-feira, Trump fez o anúncio surpresa de que ele
está tomando hidroxicloroquina, um medicamento antimalária que, segundo seus
especialistas do governo, não é adequado para combater o novo coronavírus.
E o Ministério da Saúde do Brasil recomendou quarta-feira o
uso de cloroquina e hidroxicloroquina para tratar casos leves de COVID-19,
tratamentos que o presidente Jair Bolsonaro pressionou, apesar da falta de
evidências conclusivas de sua eficácia.
Os dois medicamentos estão entre os poucos envolvidos em
ensaios clínicos coordenados pela OMS para encontrar tratamentos eficazes para
a doença. Cerca de 3.000 pacientes estão participando dos ensaios em 320
hospitais de 17 países.
"A OMS, aconselha que, para o COVID-19, esses
medicamentos sejam reservados para esses ensaios", disse Ryan.
A Covid-19 não é apenas uma doença respiratória
Referencia//Sciencealert
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