Cientistas da Universidade Politécnica de Pedro o Grande, em
São Petersburgo (SPbPU) criaram o que dizem ser um meio comercial viável para
processar o hexafluoreto de urânio empobrecido (DUF6), um composto usado no
enriquecimento de urânio. O método transforma o material residual em fluoreto
de hidrogénio, um composto químico valioso usado na produção de materiais como
alumínio, refrigerantes e gasolina, entre outras coisas.
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Photo//AP Photo / Efrem Lukatsky |
Startup australiana “promete” produção de energia “ilimitada”
Como uma das principais potências em energia nuclear e uma das superpotências nucleares do mundo, a Rússia tem acumulado cerca de um milhão de toneladas do DUF6 altamente tóxico, e, até agora, não tinha sido criada nenhuma tecnologia eficaz para seu processamento, sendo os materiais residuais armazenados em recipientes de metal em instalações especiais, uma solução cara.
Mas os resíduos contêm uma matéria-prima potencialmente
valiosa, o flúor, um elemento químico, cujos compostos são utilizados na
fabricação de aço, purificação de alumínio, refrigerantes, isolamento elétrico
e certos produtos farmacêuticos.
Os cientistas da SPbPU acreditam que regenerar o flúor
contido nos resíduos na forma de fluoreto de hidrogénio e usá-lo para a
produção de combustível nuclear pode reduzir custos e criar efetivamente um
ciclo de combustível fechado para a criação de flúor usado em aplicações
nucleares.
O sistema tem um imenso potencial, pois as reservas naturais
de fluorita da Rússia, a forma mineral do fluoreto de cálcio, estão esgotadas e
são importadas da Mongólia.
Quando solicitado a comentar sobre o desenvolvimento
inovador, o Dr. Dmitry Pashkevich, investigador principal do projeto e
professor da escola de pós-graduação em matemática aplicada e física
computacional do SPbPU, disse que o sistema tem o potencial de resolver uma
série de problemas na indústria, não apenas comercial. mas político e ambiental.
"Com o nosso
trabalho, estamos tentando resolver três problemas gerais da indústria moderna",
explica o Dr. Pashkevich. “Comercial, ampliando a base de matérias-primas para
a produção de fluoreto de hidrogénio e reduzindo seu custo usando
matérias-primas artificiais, dependência política final de fluorita importada
para setores estratégicos da indústria russa, e ambiental, a cessação da
acumulação e redução de estoques de resíduos tóxicos contendo flúor acumulados.
”
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Photo//SPUTNIK / RUSLAN KRIVOBOK |
Cientistas construíram um dispositivo que gera eletricidade a partir do ar
O sistema, que já provou sua eficácia num projeto piloto,
está sendo implementado em cooperação com a New Chemical Products, uma empresa
inovadora de produtos químicos sediada em São Petersburgo, e a Siberian
Chemical Plant, uma subsidiária da Rosatom, a empresa estatal da Rússia na
produção de energia nuclear.
Agora, os cientistas estão acompanhando seu trabalho,
pesquisando a extração de fluoreto de hidrogénio de outras matérias-primas
contendo flúor, estando um relatório sobre esse esforço previsto para dezembro.
Cientistas produzem combustível usando água e energia solar
Referencia//SputnikNews
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