quarta-feira, 22 de abril de 2020

Cientistas afirmam que já existem mais de 30 novas cepas de coronavírus


Um novo estudo divulgado na publicação medRxiv, ainda não revisado pelos pares, identificou que diferentes cepas do SARS-CoV-2 podem gerar cargas virais muito diferentes. O novo coronavírus, causador da Covid-19, pode já ter passado por mais de 30 mutações. Desse total identificado pelos investigadores, 19 ainda não haviam sido relatadas.
Os cientistas analisaram amostras do vírus encontrado em 11 doentes de Covid-19 escolhidos de forma aleatória em Hangzhou. Pela primeira vez, evidências de laboratório confirmaram que algumas mutações podem ser mais fatais do que outras. Uma das cepas parece gerar carga viral 270 vezes maior.



coronavirus



A diferença torna mais difícil combater infeções e facilita a disseminação. Essa é uma possível explicação de porque alguns casos da doença são significativamente mais graves do que outros.
A autora líder do estudo é a epidemiologista chinesa, Li Lanjuan, investigadora da Universidade de Zhejiang. Na publicação, os cientistas escreveram que o novo coronavírus passou por mutações capazes de mudar potencialmente a intensidade com que afeta o sistema imunitário.
Para o estudo, foi medida em laboratório a velocidade e eficiência com a qual diferentes cepas do vírus conseguiriam infecta e matar as células hospedeiras.
Com a análise de surtos da doença pelo mundo, os cientistas também identificaram que os tipos do novo vírus mais letais identificados nos doentes, foram encontrados em grande parte dos doentes da Europa. Por outro lado, as cepas com letalidade média foram encontradas em partes dos Estados Unidos, como Washington.



Mas a cepa mais fraca não representa menor risco, de acordo com a publicação. Dois doentes do estudo que tiveram sintomas graves da doença, sobreviveram. Para os investigadores, a questão é complexa porque a taxa de recuperação depende de diversos fatores.
Como os resultados foram obtidos a partir do estudo de uma pequena quantidade de doentes, a líder da pesquisa considera que isso indica que a diversidade de cepas do vírus ainda é subestimada. A pesquisa usou um método de sequenciamento genético mais sofisticado do que é usado em outras pesquisas. Isso permite identificar mudanças que podem ter passado despercebidas numa abordagem convencional.
Os cientistas ainda consideram que, embora urgente, o desenvolvimento de vacinas e medicamentos precisam ter em consideração estas mutações.

Referencia//Hypescience




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