De acordo com um novo estudo que contou com a colaboração de
mais de 100 instituições científicas, a Amazônia pode tornar-se uma fonte de
carbono na atmosfera, ao invés de ser uma das maiores absorvedoras desse gás,
já na próxima década.
Esse cenário sombrio é devido á desflorestação causada pelos
madeireiros e interesses agrícolas na região.
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Photo//Pixabay//stokpic |
Vulcão sul-americano mostra sinais de provável colapso
Se isso realmente ocorrer, os efeitos e impactos nas mudanças
climáticas devem ser ainda piores e o mundo terá que diminuir suas atividades
produtoras de carbono muito mais rápido a fim de compensar a perda dos absorvedores
de carbono.
Os cientistas analisaram 300.000 árvores em 30 anos, oferecendo
a primeira evidência em larga escala da diminuição da absorção de carbono pelas
florestas tropicais. Eles combinaram dados de duas redes de pesquisa, com
observações florestais na África e na Amazônia, bem como informações de
diversas viagens realizadas a locais remotos, como o Parque Nacional da
Salonga, no Congo.
Os cientistas também utilizaram pregos de alumínio para
marcar árvores individuais, medindo seu diâmetro e estimando sua altura
periodicamente. Isso permitiu que eles calculassem o carbono armazenado em cada
uma.
A absorção de carbono da atmosfera pelas florestas tropicais
atingiu o pico nos anos 1990, sendo na altura absorvidas 46 biliões de
toneladas de C02, ou cerca de 17% das emissões desse gás provocadas pelos
humanos.
Já na última década, a absorção chegou a apenas 25 biliões
de toneladas, ou cerca de 6% das emissões globais. A diferença é equivalente,
aproximadamente, às emissões do Reino Unido, Alemanha, França e Canadá juntas.
Uma das maiores preocupações dos cientistas é a existência
de “pontos de inflexão” no sistema climático, ou seja, a partir de determinado
ponto, não temos mais como revertera situação. E existem muitos efeitos.
Por exemplo, o derretimento do gelo ártico deixa o mar
descoberto e portanto mais escuro, logo, ele absorve mais calor, o que leva a
mais derretimento sendo assim um círculo vicioso.
Esses e outros mecanismos de feedback aceleram
potencialmente a crise climática, o que pode significar desastres ainda piores
do que as projeções sugerem.
Se as florestas se tornarem fontes de carbono, isso poderia
criar mais um ciclo vicioso de aquecimento difícil de ser interrompido.
As lições preocupantes do Último Interglacial
Referencia//Nature//The Guardian
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