Habitante das águas profundas da costa oeste dos Estados
Unidos, tem um estômago ácido e um intestino delgado e grosso, possuindo um
sistema digestivo semelhante ao dos humanos. Esta espécie está apenas entre os
5% das 30 mil espécies de peixes que são vegetarianos, alimentando-se apenas de
algas.
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Photo NOAA / MBARI / Domínio público |
Cientistas do Mit criam sistema para as ameaças de asteroides
Foi esta particularidade que, captou a atenção da equipa de
investigadores que publicou um estudo, esta semana, na revista científica
Proceedings of the Royal Society B.
Analisando o genoma desta espécie, os biólogos procuraram
perceber como é que o peixe conseguia sobreviver através de uma fonte de alimento
com baixo nível de lípidos, essenciais para todos os seres vivos.
“Como prevíamos, o
sistema digestivo do Cebidichthys violaceus é excelente para desconstruir o
amido”, explicou o coautor Donovan German. “Mas também vimos que ele adaptou-se para ser muito eficiente na
desconstrução de lípidos, apesar de representarem apenas 5% da composição das
algas. É um exemplo convincente do que chamamos de ‘especialização digestiva’
no genoma”.
A criação de gado está cada vez mais insustentável devido ás
alterações climáticas, razão pela qual a descoberta do potencial desta espécie
de peixe pode uma excelente alternativa á carne na nossa alimentação no futuro.
“O uso de ingredientes
alimentares à base de plantas reduz a poluição e custa menos“, disse o
autor do estudo, Joseph Heras. “No
entanto, a maioria dos peixes de aquicultura são carnívoros e não conseguem
lidar com lípidos vegetais. Sequenciar este genoma proporcionou-nos uma melhor
compreensão de que tipos de genes são necessários para decompor o material
vegetal”, acrescentou.
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Referencia//Phys
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