sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Empresa minerará hidrogénio verde com incêndios subterrâneos


Uma startup planeia extrair hidrogênio verde incendiando os reservatórios subterrâneos de petróleo, deixando o CO2, causador do aquecimento climático no subsolo
Nas planícies congeladas de Saskatchewan, Canadá, os trabalhadores injetam vapor e ar no campo Superb, uma camada de areia com 700 metros de espessura que age como uma enorme tampa de garrafa para hidrogénio verde e 200 milhões de barris crude.



Mineraçao-de-hidrogenio-verde
Photo Ásgeir Eggertsson / Wikimedia



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O objetivo não é extrair petróleo, mas queima-lo a uma temperatura o suficiente alta para produzir gás hidrogénio e dióxido de carbono (CO2). A empresa por trás dessa façanha com um investimento de US $ 3 milhões é  Proton Technologies, que pretende tapar o poço com membranas que permitirão que o hidrogénio resultante da queima passe para a superfície sendo recolhido e armazenado. O CO2, que aquece o clima, permanecerá enterrado no subsolo.
"Queremos lançar a ideia de que se pode obter energia a partir de recursos petrolíferos e havendo zero emissões de carbono", disse Ian Gates, co-fundador da startup e engenheiro químico da Universidade de Calgary.
O mercado de hidrogénio verde está em crescimento porque, como combustível, para produção de energia, de calor nos transportes, o subproduto nada mais é do que água limpa. A maior parte do hidrogénio é produzida a partir de gás natural, por meio de um processo químico que lança carbono no ar ou eletrolisando a água, duas alternativas extremamente caras.
No entanto, a Proton Technologies acredita que reduzirá os custos apenas com os reservatórios de petróleo de mineração que as pretroliferas evitam, pois têm muita agua ou é demasiado espesso para a extração.


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"O que os outros não querem torna-se o nosso campo de hidrogénio", disse o CEO Grant Strem, que comprou o campo Superb a uma companhia falida.
Um engenheiro químico chamado Geoffrey Maitland, do Imperial College de Londres, acha esse conceito fenomenal, comparando o reservatório de petróleo a um reator quente e naturalmente pressurizado. "Essa química é comprovada na superfície", disse ele. "O desafio é controlar esses processos a vários quilómetros de profundidade".
Obviamente, a queima subterrânea não é novidade. Chamados de "inundação de fogo", os técnicos bombeiam ar ou oxigénio para o subsolo e acendem o fogo que desencadeia a pressão dos gases que empurram os poços de petróleo. Nos anos 80, os testes de inundação num campo de petróleo canadense chamado Marguerite Lake produziram grandes quantidades de hidrogénio. Ninguém se importava, é claro, mas serve  como prova de conceito para Gates.

Trazendo o conceito para 2020, o maior desafio é aumentar o fogo subterrâneo a uma temperatura superior a 500ºC, o que é "complicado e não fácil de controlar", de acordo com Berne Hascakir, engenheiro de reservatórios de petróleo pesado da Universidade Texas A&M, College Station . "Idealmente, gostaríamos de chegar lá", disse Gates. "Mas essas temperaturas são boas para produzir quantidades significativas de hidrogénio".
À medida que o mundo se prepara para a próxima revolução industrial, todos os setores e científicos estão reunindo recursos para encontrar novas fontes de energia mais sustentáveis ​​para alimentar a civilização.

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